PLANTANDO ESCUTA
São peças sonoras que buscam aguçar o ouvido adulto à escuta do linguajar das crianças (um álbum de família sonoro) - numa relação de aproximação que nos leva a navegar o mundo pela palavra e seus significados.
A oralidade como um espaço autogerativo, e labiríntico, que permite novas configurações e combinações, uma extensão ou subversão da própria linguagem. Acompanha o desenvolvimento e o reconhecer das letras e palavras pela Maria Flor que se dá numa ordem fora da ordem alfabética onde vão sendo germinadas/plantadas as letras e suas significâncias nonsense que aos poucos organizam-se. É no nascer do linguajar que o mundo de combinações vão tomando sua (des)forma alfabética. Criando outros jogos combinatórios. Como manter um alfabeto criança? Em qual momento perdemos o eu-alfabeto? A sequência deve ser mais importante que o ritmo?
“O alfabeto é um convite a uma arte combinatória em que tudo é,
ao mesmo tempo, já dado e ainda por vir”