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a dor que

dói na gente

exposição coletiva

Artistas: Aline Natureza, Bárbara Paul, Bruna Ribeiro, Elenize Dezgeniski, Francela Carrera, Kamilla Nunes, Khetllen Costa, Letícia Honorio, Lorena Galery, Luanda Olívia, Luiza Reginatto, Odete Calderan, Paula Batista, Priscila Costa Oliveira.

Curadoria: Silvana Macêdo

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A exposição A dor que dói na gente reúne trabalhos de mulheres artistas de diferentes partes do Brasil e uma artista da Guatemala, que se encontram no momento em Santa Catarina para realizar suas pesquisas e ações poéticas. Uma diversidade de questões relacionadas à luta das mulheres atravessam seus trabalhos que integram esta exposição, dentro da programação online do 8M SC 2021- Jornada Schirlei Azevedo.

 

A abertura desta exposição está marcada para o Dia Internacional das Mulheres 08 de março de 2021, num momento de muitas angústias para todas as pessoas que vivem no caos generalizado que está instalado no Brasil. Os trabalhos em sua maioria foram produzidos durante o período da pandemia e mostram a perspectiva de mulheres artistas diante do aumento de opressões e violências que estamos vivenciando.

 

A dor que dói na gente é uma dor individual e também coletiva. É um dar a ver as feridas, mas também é uma reunião de muitas vozes num exercício de empatia e fortalecimento coletivo.

 

Priscila Costa em Ruídos, da série Na Terra do Nunca, aponta para o peso da sobrecarga das mulheres mães agravada pelo trabalho remoto e ensino à distância na pandemia. Um peso que pode ser melhor distribuído com o compartilhamento de trabalho doméstico com os pais. Quero ter olhos pra ver a maldade desaparecer, de Paula Batista também reflete sobre os meses de pandemia, nos fala da dor de estar longe do seu grupo de mulheres pernaltas feministas, Gigantes na luta, distanciadas da rua e umas das outras.

 

Já os trabalhos de Letícia Honório, Sobre mim; e Bruna Ribeiro, Rotulador, nos apresentam a dor emocional somatizada: um corpo marcado por amarras patriarcais, mas que se contorce e luta, resiste.

 

Uma Homenagem A Tudo Que Eu Não Pude Ver, de Barbara Paul, apresenta um objeto comum, mas que carrega potencialmente a ameaça de se tornar uma arma – talvez uma referência ao alarmante aumento de violência doméstica e feminicídios no Brasil durante o isolamento social. Mas Bárbara envolve cuidadosamente seu objeto com ataduras, nos remetendo à possibilidade de cura e acolhimento que a união entre mulheres pode propiciar. Camisa de força para tempos de ódio, de Aline Natureza e Kamilla Nunes também nos convoca a nos unirmos para enfrentar com afeto e empatia mútua as forças negativas que se alastram pela sociedade cega pelo fascismo, preconceitos e misoginia.

 

Luiza Reginatto em Micro intensidades combativas; Khetllen Costa, Chás da vovó, e Francela Carrera, Las manos de mi abuela, trazem em seus trabalhos as memórias de infância e um diálogo afetuoso com suas ancestrais, com a terra e a vida. Tecem redes de afeto que são a base do movimento de mulheres e que nos nutrem para seguirmos na luta diária nos apoiando através de gerações.

 

O Auto-retrato para Rosana Paulino, de Lorena Galery; Infiltrações de tinta com Gloria Anzaldúa, de Luanda Olívia, Caminha junto comigo – mini exposição de títulos, de Elenize Dezgeniski, e Terra Jardim [artistas feministas] de Odete Calderan, criam diálogos com outras mulheres artistas e escritoras na construção e reconstrução de suas subjetividades e produções. Cultivam as sementes plantadas por outras, que germinam da terra num jardim. Uma luz de esperança no meio de tantas trevas.

Somos mulheres artistas trabalhadoras, diversas em nossos lugares de fala, mas nos unindo para lutar lado a lado com todas e todes neste Dia Internacional de Luta das Mulheres em Santa Catarina, e em muitos outros dias e territórios pela frente.

  

Camisa de força para tempos de ódio, 201

Aline Natureza e kamila Nunes

Camisa de força para tempos de ódio, 2018.

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Lorena Galery

Auto-retrato para Rosana Paulino, 2020.

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Francela Carrera

Las Manos de mi Abuela, 2021.

Uma homenagem a tudo que eu não pude ver

Barbara Paul

Uma homenagem a tudo que eu não pude ver, 2020.

Bruna Ribeiro - Rotulador, 2018. Fotogra

Bruna Ribeiro

Rotulador, 2018.

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Leticia Honorio

Sobre mim, 2020.

RUIDOS. Priscila Costa Oliveira, 2021. S

Priscila Costa Oliveira

Ruídos, 2021.

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Luiza Reginatto

Micro Intensidades Combativas, 2020.

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Odete Calderan

terra jardim [artistas feministas], 2020.

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Khetllen Costa 

Chás da vovó, 2019/20.

Caminha junto comigo. Elenize Dezgeniski

Elenize Dezgeniski 

Caminha junto comigo, 2020/21.

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Luanda Olívia 

Infiltrações de tinta com Gloria Anzaldúa, 2020.

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Paula Batista

Quero ter olhos pra ver a maldade desaparecer, 2020.

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